
Quando nascemos, nascemos puros, sem condicionamentos, sem bloqueios, sem mágoas.
Vimos ao mundo com a necessidade enorme de pertencermos e de sermos amados, queremos sentir que somos completamente aceites no núcleo familiar, ou na comunidade em que nascemos e vivemos! Com base naquilo que achamos que o outro espera de nós fazemos escolhas em relação à nossa personalidade, em relação ao nosso sentir e à nossa forma de ser. Escolhemos de forma inconsciente esconder partes nossas e trazer para a luz apenas aquilo que sentimos que pode ser amado. E caminhamos assim pela vida, com um sentimento de falta, com a sensação de que estamos incompletos.
Começamos a ter os primeiros sinais de que estamos incompletos na nossa adolescência, quando começamos a sentir os desafios de amor próprio, e de confiança. Sentimos insegurança em relação a quem somos e em relação ao que queremos da vida. Pensando que é normal continuamos a navegar, aumentando assim o sentimento de vazio, de falta, para muitos um sentimento de que não pertencem aqui, que não se enquadram em nenhum lugar. Tentamos muitas vezes preencher esse sentimento com pessoas, com relações, com coisas, com comida, bebida, espiritualidade, no fundo tudo o que nos permita apenas por segundos esquecer que estamos incompletos, que não conseguimos sentir um amor genuíno por nós.